Desacatos em França continuam...

O Presidente francês, Jacques Chirac, declarou hoje que a prioridade do Governo deve ser a reposição“ da ordem pública” na sequência dos distúrbios que há dez dias abalam os subúrbios de Paris.
“Tomámos uma série de decisões destinadas a reforçar ainda mais a acção da polícia e da justiça, pois hoje a prioridade absoluta é o restabelecimento da segurança e da ordem pública”, afirmou o chefe de Estado francês, sem revelar a que medidas se referia, embora algumas fontes admitam que o Exército poderá ser chamado a intervir.

Chirac falava no final da reunião do Conselho de Segurança Interna, a que compareceu o Primeiro-ministro, Dominique de Villepin e vários ministros, entre eles o do Interior e da Defesa. “Aqueles que querem semear a violência ou o medo, serão detidos, julgados e punidos”, garantiu, apesar de garantir que, em momento algum, será posto em causa “o respeito a cada pessoa, a justiça e a igualdade de oportunidades”. A reunião do Conselho, que tem por missão promover uma política coordenada de luta contra a criminalidade e o terrorismo, marcou uma nova etapa na resposta política aos motins, com o Presidente a assumir a iniciativa, após vários dias de silêncio. O encontro decorreu após a décima noite de motins nos subúrbios pobres de Paris, que se alastraram progressivamente, ainda que em menor escala, a outras cidades francesas. Apesar dos sucessivos apelos à calma, do reforço dos meios policiais, a cada noite um número maior de carros e edifícios públicos é incendiado, registando-se confrontos esporádicos que já provocaram algumas dezenas de feridos.

Só na última noite, 300 jovens foram detidos e cerca de 1300 veículos foram incendiados em diferentes pontos do país, 30 dos quais num dos bairros do centro da capital francesa, na primeira vez em que os distúrbios saíram dos subúrbios pobres. Ao todo, a polícia calcula que desde o início 3500 carros foram incendiados, 800 pessoas, na sua maioria menores, foram detidos, o mais novo dos quais tinha apenas dez anos. Os motins começaram no passado dia 29 de Outubro, depois de dois jovens, filhos de imigrantes magrebinos, terem morrido electrocutados num posto de transformação eléctrico, ao acreditarem que estavam a ser perseguidos pela polícia. Apesar de alastramento a outros pontos do país, o palco principal dos distúrbios continuam a ser as cidades dormitório erguidos em redor de Paris, habitados maioritariamente por imigrantes, oriundos em especial do Norte de África, mas também por portugueses. Apesar de não existirem provas, a polícia admite que os desacatos estejam a ser coordenados, suspeitando do envolvimento de grupos extremistas islâmicos e aos traficantes de droga, com o objectivo de afastar as forças policiais dos bairros. Esta versão é, no entanto, rejeitada por quem vive nestas zonas. Apesar de condenarem a violência, os familiares dos jovens envolvidos nos desacatos dizem compreender as razões da frustração dos jovens, confrontados com o desemprego, o racismo, a falta de infra-estruturas nos subúrbios pobres da cidade da Luz.

E agora pergunto eu, a revolta é feita queimando os postos de trabalho dos outros? Destruindo propriedade dos outros? Cá para mim revoltavam-se melhor se demonstrassem que eram na verdade competentes e merecia ser inseridos no sistema de trabalho francês.

Sinceramente não sei porque espera o governo Francês para convocar a célula de crise e colocar os militares na rua, ao fim ao cabo é para isso que eles também servem, para imporem a ordem e acabar com o caos, mas como os Franceses também são todos um bocado "maricons" que querem é paz e amor isso a eles deve ser uma grande afronta, pode ser que se pegarem fogo à Torre Eiffel, ou ao Arco do Triunfo ou algo parecido acordem e seja tarde demais...

Só gostava de ver isto na Alemanha por exemplo, AH AH AH, o que não resolvesse a polícia e o governo resolviam os Skins e Neo-Nazis, não digo que os defendo, mas defendo que temos de defender o que é nosso, e quando a quem cabe fazer isso não o faz, então é necessário encontrar outros meios...