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12/19/2005

Ma(fia)ciel

Um «acordo de cavalheiros», segundo o treinador da União de Leiria, impediu que Maciel, o único totalista da equipa, pudesse jogar frente ao F.C. Porto.
O treinador não pôde contar com o seu futebolista preferido, um elemento experiente, um dos melhores assistentes e marcadores da equipa. Não por opção, castigo ou lesão. Apenas porque dois «cavalheiros», os presidentes João Bartolomeu e Pinto da Costa, decidiram que assim seria.
Os regulamentos da Liga são claros nestes casos: os jogadores emprestados não podem ser impedidos de actuar frente às equipas que os emprestam. Porque é óbvio que nestas situações não pode haver lugar a dúvidas: ou se empresta ou não se empresta.
Dito de outra forma, o F.C. Porto beneficiou claramente com esta situação. Num jogo difícil, viu o adversário amputado do único totalista; quando a União defrontar os outros grandes, Maciel lá estará, no seu lugar, disposto a fazer tudo para ganhar. Como se espera de um profissional.
Na prática, dois «cavalheiros» impediram um jogador de exercer a sua profissão. Acontece em Portugal, num campeonato que nos pedem para levar a sério.

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